O mercado de fusões e aquisições em 2024 apresenta um cenário complexo, marcado por incertezas macroeconômicas, mas também por oportunidades significativas em setores específicos. Após um 2023 de relativa cautela, observamos sinais de reaquecimento em segmentos como tecnologia, saúde e energia renovável.
As empresas estão cada vez mais focadas em aquisições estratégicas que complementem suas operações core, ao invés de diversificação ampla. Isso reflete uma mudança de mentalidade: crescimento orgânico combinado com aquisições cirúrgicas que agregam capacidades específicas.
Do ponto de vista regulatório, vemos uma maior atenção de órgãos antitruste em várias jurisdições. Isso exige due diligence ainda mais rigorosa e estruturas de transação que antecipem potenciais objeções regulatórias. A preparação prévia se torna crítica.
A tecnologia continua sendo um driver importante. Empresas tradicionais buscam adquirir startups e scale-ups que trazem inovação tecnológica, enquanto empresas tech buscam consolidação para ganhar escala e eficiência operacional.
Em termos de valuation, observamos uma correção em relação aos múltiplos exorbitantes de 2021-2022. Isso cria oportunidades para compradores estratégicos, mas também desafios para vendedores que precisam ajustar expectativas.
A integração pós-fusão ganha ainda mais relevância. Não basta fechar a transação; é essencial ter um plano claro de integração que preserve valor, minimize disrupções e realize sinergias prometidas. Empresas que investem em planejamento de integração desde o início têm taxas de sucesso significativamente maiores.